sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

saia de chita ou não saia

a sapucaí foi legal, tipo da coisa que tem que fazer uma vez na vida, mas o que marcou mesmo o carnaval 2010/rio de janeiro foi o bloco SAIA DE CHITA OU NÃO SAIA
dizem que a campeã unidos da tijuca fez mágica na avenida
mágica foi o que o bloco fez em santa teresa
do curvelo ao largo dos guimarães, meia dúzia de gato pingado virou dezenas de pessoas, meia dúzia de instrumentos fez barulho pra caralho, meia dúzia de chita se transformou num qurda-roupa de saias, meia dúzia de menina maluca puxou a coreografia de uma multidão doida, meia dúzia de metro virou tanto guilherme varella, o meio-peso-pena-freak comandou meia dúzia de negão no cordão do segurança do bloco
isso sim, meu amigo, é mágica!!!

abaixo seguem outras notícias do bloco, com fotos no blog da marina e versões da marchinha no blog do gui

http://sobrencoisas.blogspot.com/

http://guilhermevarella.blogspot.com/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

PARA QUEM ESTÁ EM PORTO ALEGRE: EXPOSIÇÃO LINDA ATÉ DIA 28 DE JANEIRO DE 2010

na verdade, a gente AINDA não foi na exposição.
mas, como o livro é LINDO,
recomendamos!!!!!!
maiores informações:

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Crônica de início de ano - para mostrar ao 2010 que podemos chamar ele de "NOVO", "ESPERANÇA", "FELIZ", ou do que quisermos


Tempo
Ricardo Rodrigues

Se o tempo conseguisse voltar atrás e apagar os erros do passado. Então, erros não existiriam nunca. Tudo seria perfeito, estático, métrico e, porventura, previsível. Se o tempo parasse de andar só para frente e, no afã de encontrar a perfeição, a mais inatingível de todas as virtudes, resolvesse volver para consertar todas as coisas rotas da nossa existência: a caixa de música da infância, abandonada no porão com os outros brinquedos de gente que não brincava mais; e o travesseiro que cheirava travessura e que, sem querer, sentia cada sonho sonhado, mas não aqueles que faziam a gente sentir a espinha gelada, como o primeiro beijo, e acordar com o coração apertado de viver sonhando errado – assim não se sonha, ou sonha? Acho que tem outro nome, não pode ser chamado de sonho.
Depois da dúvida onírica, do frenesi dos sonhos, o tempo resolveu voltar e consertar também, além dos pesadelos que deixavam tudo que é velho barbado com medo, os nomes. Mudou nome de tudo que era flor: achava que a rosa estava cansada de ser sempre chamada de rosa – às vezes ela era até branca – e que a sempre-viva não podia mexer com a vida dos outros. Essa não pode ser viva. Ia com o vento e de repente se desfazia como se desfazem os sonhos. Não, dos sonhos o tempo já cuidou. Agora é hora de mudar, deixar a caixa de música e o travesseiro para trás, antes que o tempo se irrite e mude o nome deles também. E não é que já mudou? Ganharam o nome de passado e outrora, não importa muito a ordem. Naquele tempo, todo mundo dizia que o tempo era implacável. Mas se nem o futuro ele consegue prever? Isso aí é outra coisa, e de previsão o tempo não gosta. Acabou colocando o nome de destino nesse tal de porvir.
A infância até que chorou, fez cara feia, chamou o pai, mas o tempo passou por ela sem hesitar. Com os nomes trocados, ninguém ia reparar que ela tinha ficado para trás. Mas e os erros? Ninguém mais falou deles. Esses são da infância e o tempo perdoou. Coisa mais sem importância, que nem se fez força para lembrar. E erro se perdoa? Trocaram de nome de novo: agora era meninice e, quando o tempo estava de mau humor, chamava-o traquinagem. Que confusão que faz o tempo. Vai passando sorrateiro, sem fazer muito alvoroço e, quando a gente percebe, já mudou o nome de tudo, até alcunhou a infância de juventude, coitada. Ela que nem tinha espinha, nem barbicha, agora ia ter que estudar para ser alguém na vida. O tempo, cansado de melindre, lançou mão da crueldade e disse pra infância que dali em diante ela não poderia mais chamar o pai. Fez ventar e o levou como a sempre-viva. Bem que disse que não tinha mais esse nome.
A juventude passou muito tempo esquecida, tentando se lembrar dos sonhos que agora chamavam todos realidade. A meninice e a traquinagem ficaram mais sérias. Mas não era tudo perdoado? O tempo, impaciente, explicou que não. Que tudo que existia tinha que ser trocado de nome. Que cada coisa ao seu tempo e que ele também não teria mais que ficar explicando o nome de tudo. Muda e pronto. Deu uma caneta à juventude, tomou-lhe de volta o lápis e lhe disse que os sonhos passariam a chamar planos e que os erros, aqueles que ninguém nem notava de olhar de longe, não seriam mais apagados com borracha de duas cores. A juventude, tamanha soberba e rebeldia, queria trocar de nome também. Se o tempo tinha arrancado tudo que ela lembrava, inclusive o travesseiro, como é que poderia fazer de conta que ainda sonhava? Mas o tempo, mais sábio que todos, apelou ao porvir. Esse, sim, era cheio de truques: mostrou que as coisas só mudam de nomes, como mágica, mas que, no fundo, tudo era a mesma coisa. Que era só o tempo que passava. Até a dor poderia ser mudada, mais colorida. Sumir, não ia.
O tempo a deixou ser chamada de adulta. Apressou-se em deixar o papel e correu atrás dos sonhos. Mas não eram planos? Com o nome mudado de sonhos ficam mais bonitos e parecem ser impossíveis: daí a graça de segui-los. Ninguém admira a lagarta. Por isso, o tempo acabou deixando que virasse borboleta. Então, sonhos que viram planos que viram sonhos. Esta história de ficar trocando de nome está confundindo tudo, menos o tempo, que esse não se confunde nunca, nem de nome, nem de direção. Decidiu que o mundo inteiro, ao menos uma vez, conheceria o amor. Esse era difícil mudar de nome: antes tinham tentado chamar de paixão, de carinho, de respeito, mas nenhuma dessas coisas dizia o que tinha que ser dito. Não era como a caixa de música, o travesseiro, a rosa, a sempre-viva e a borboleta. E se juntasse o nome de tudo isso e o chamasse, como quem não quer nada, de amor? Mas o tempo achou que ficaria muito perfeito e que, para o amor amadurecer, tinha que misturá-lo com os erros, do passado, do presente e do porvir. E esses não se apagam como a gente fazia quando a infância ainda sonhava, não é? Não.
O tempo, mais uma vez senhor do mundo, mostrou que os erros não foram feitos para serem apagados. Se o fossem, as coisas não poderiam mais mudar de nome e tudo seria sempre igual. Aí nem o tempo carecia existir. Que, assim como os sonhos, os erros permitem que todas as coisas mudem de nome, que a caixa de música continue cantando, o travesseiro sonhando e a roda da vida girando e que sejamos, assim, nem perfeitos, nem imperfeitos, mas humanos. O tempo parou para ver cada coisa ao seu tempo e teimou em seguir passando.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fotografias - fundo de tela para computador 1

bagunça de escrivaninha com luz de cortina vermelha

cachaças de paraty

janela da sala de casa de porto alegre

pinduricalhos de três hermanitos

nossa señora de guadalupe sobre camiseta muderna

parece do kebabel da fernando quase esquina augusta

Uma das metas do ano novo é organizar as milhares (literalmente) de fotografias arquivadas no computador. Um dos modos encontrados foi doar fotografias aqui no blog, para quem quiser ter fundos de tela no computador menos todo-mundo-igual.
Dessa vez, fotos do computador de Leila de Souza Teixeira.